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Sobre Páscoa e Renascimentos

Então já é Páscoa. E o que você fez?

Hoje é Páscoa. Data em que os judeus celebram sua libertação da escravidão no Egito (o que aconteceu por volta do século 13 antes de Cristo). Muito antes disso, nessa mesma época, já aconteciam festividades entre povos primitivos para marcar a primeira lua cheia do início da primavera no hemisfério norte. Vem daí a palavra Páscoa: de Pessach, que no hebraico significa “passagem” – um termo comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravidão para a liberdade na terra prometida). Já a Páscoa dos cristãos começa 1.500 anos depois de Moisés (o libertador dos judeus) e recorda o calvário e a ressurreição do cristo Jesus - que veio a Jerusalém com seus discípulos para celebrar a Páscoa, antes de ser preso, condenado e crucificado, como vocês bem sabem. A celebração de sua ressurreição - difundida por seus seguidores desde então – representa uma afirmação da fé dos cristãos e só veio a fortalecer os sentidos de renovação e de esperança dessa data. Isso tudo é história, que trouxe só como curiosidade. Porque afinal, não importa se você professa alguma fé ou não, acho pertinente refletir sobre a Páscoa porque é preciso refletir sobre a urgência de alguns valores inerentes a ela e que são universais, como compaixão, justiça, empatia e solidariedade. Por isso, celebrar essa data é, antes de tudo, celebrar nosso histórico desejo por dias melhores, sobretudo neste momento, em que a humanidade chafurda na intolerância, no acirramento das desigualdades, nas injustiças, na indiferença e no individualismo. Todo renascimento pressupõe uma morte, toda renovação pressupõe desapego, coragem, questionamento, atitude. O clichê é mais verdadeiro do que nunca: as transformações que queremos precisam começam por cada um de nós. E para renascer, precisamos nos perguntar: o que vamos desapegar? Que sentimentos, medos, inseguranças, que versão de nós precisamos eliminar para que possa haver lugar para renascer outros valores? Que posicionamentos precisamos assumir para que essa mudança seja, de fato, coletiva? São algumas reflexões que compartilho com vocês nessa Páscoa, além do meu desejo de que tenhamos todos um domingo cheio de amor, paz e revoluções interiores!
Feliz Páscoa!

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